[IMAGEM_CAROUSEL]

No primeiro semestre de 2010 a ATIAIA ENERGIA contratou a Esteio para a realização do levantamento topobatimétrico ao longo do rio Sucuriú, no município de Costa Rica – MS, para viabilização do projeto básico para a construção da Usina Hidrelétrica (PCH) de Fundãozinho. Foram executadas 15 seções topobatimétricas e voo aerofotogramétrico com o uso da tecnologia LASER para a determinação de modelo digital do terreno (MDT) e modelo digital de superfície (MDS) com geração das curvas de nível até a cota 502. Também foi feita a locação da cota 500 no terreno (cota batida) e levantamento de linha de perfil ao longo do rio. Os serviços foram executados conforme especificações técnicas da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

PLANEJAMENTO

A execução das atividades iniciou com o reconhecimento dos vértices e referências de nível do IBGE disponíveis na região e a confirmação do estado de conservação dos mesmos. Uma vez escolhidos, deu-se inicio ao planejamento para transporte das coordenadas planialtimétricas para dentro dos limites da área de trabalho, assim como a escolha do ponto base utilizado para apoio ao voo LASER.

Topobatimetria

Para o transporte das altitudes ortométricas foram utilizadas Referências de Nível distintas. Ao longo da linha foram implantados 06 vértices e seus respectivos azimutes, os quais serviram para dar suporte aos trabalhos de locação das seções topobatimétricas e da cota 500. Os pontos de inicio e final de cada seção também foram nivelados. O fechamento da linha de nivelamento foi superior a 8 mm √k.

No transporte planimétrico foram utilizados 02 pontos SAT com fechamento igual a 1:535.000. Na poligonal de ajustamento para distribuição de erros foram incluídos todos os vértices e azimutes implantados.

As seções topobatimetricas foram realizadas com estação total, uma vez que a maioria estava em zona de mata, impossibilitando o uso do GPS RTK.

Voo laser

Para a determinação das curvas de nível com equidistância de 01 metro a ATIAIA optou pelo uso da tecnologia LASER. O serviço foi planejado para que houvesse uma malha de pontos suficientes para determinação das curvas, como o ângulo de abertura (FOV), altura de voo e superposição lateral, o que nos permitiu obter uma malha com densidade de 3,3 pontos / m².

Foram programadas 20 faixas de voo para recobrir os 28,94 km² contratados.

A existência de uma extensa área plana localizada a montante da barragem e com pequena variação altimétrica dificultou os trabalhos de nivelamento de campo, o que só foi possível ser definido através da tecnologia LASER, a qual permitiu detalhar de forma mais abrangente as curvas de interesse.

MDT e MDS

A classificação do MDT foi realizada automaticamente pelo programa Terra Scan, baseada em parâmetros de classificação que variaram de acordo com a declividade do terreno. Os pontos não pertencentes ao terreno foram separados levando-se em conta a distribuição geométrica, altitude e a intensidade do retorno do pulso LASER.

O conjunto de pontos MDT foi editado no programa TerraScan até que nenhuma informação que não fizesse parte do terreno estivesse presente no modelo, como árvores, vegetação, culturas, ou qualquer outra informação.

O MDS (Modelo Digital de Superfície) foi obtido após a filtragem dos pontos que não fazem parte da superfície. Esse processo foi automatizado para otimização de tempo e erros que ocorreriam num processo manual.

Os pontos que fizeram parte deste produto foram todos os retornos (all points) que ocorreram no perfilamento.

Curvas de nível

Os pontos do MDT já filtrados e depurados formaram a “nuvem” de pontos LASER referente ao terreno. Estes pontos foram tratados com algoritmos do tipo TIN (Triangle Irregular Network) para formação de triângulos e consequente criação de curvas de nível.

Os algoritmos de geração de curvas de nível possuem vários filtros de processamento que proporcionaram desde a suavização das curvas de nível com suavização do efeito “serrilhado” até a eliminação de “ilhas” (curvas de nível fechadas) de determinadas dimensões. Os parâmetros para esta edição automática foram testados e ajustados para as características de cada região trabalhada.

Pontos de controle

Para avaliação e controle do produto foram programados, além dos pontos topográficos, pontos de verificação e controle do levantamento LASER. Estes pontos foram distribuídos de forma regular por toda a área e dispostos em locais que estivessem na área de sobreposição das faixas de voo laser e ao longo desta, e que também tivessem condições para rastreio GNSS.

Utilizou-se de 12 pontos de controle, tendo como referência Geodésica o marco SAT 93559 que também serviu de base GNSS para o voo Laser.

Para que houvesse ainda uma maior confiança nos resultados e uma homogeneização dos dados de campo com os dados LASER foram utilizados os pontos das seções topobatimétricas para controle da altimetria LASER. Por estarem nivelados geometricamente foi realizada a correção geoidal da nuvem de pontos.

Foram levantados 291 pontos, distribuídos uniformemente na área. O resultado estatístico topográfico final foi:

Geração de Articulação

Para a padronização e viabilidade de geração dos produtos contratados, a área de 28,94 km² foi articulada em 140 folhas. As folhas são homogêneas e contínuas, bem como sua nomenclatura, obedecendo a sequência numérica a partir do número 001 e finalizando no número 140. Cada folha possui aproximadamente 0,27 km² de área.

Devido à característica de relevo da área, cada folha possui um intervalo altimétrico diferente, portanto, não existe ligação radiométrica entre as folhas, bem como, cada folha terá sua respectiva legenda.

Produtos entregues