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Estamos no auge da era da informação, onde tecnologias de gerenciamento de dados dominam as atividades relacionadas à cartografia, se consolidando como meios poderosos de manipulação de grandes volumes de informação cartográfica e embasamento para soluções de problemas que envolvem o meio ambiente e os seres que nele vivem.

As ferramentas atuais de disponibilização de dados geográficos ampliaram o acesso e a importância da informação dentro da perspectiva da Cartografia para todos os setores da sociedade. Todos os avanços tecnológicos resultaram em controles efetivos e eficazes dos recursos naturais do planeta cada vez mais prioritário. A Cartografia Automatizada/Digital e os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) foram e continuam sendo ferramentas importantes neste processo de evolução que já apresenta novas ferramentas.

Através do mundo, governos, empresas e universidades mantêm investimentos anuais de milhões de dólares em sistemas computacionais para armazenar, gerenciar e analisar mapas e informação geográfica. As tecnologias da Cartografia Digital, do SIG e da integração com a WEB crescem com a proliferação dos computadores cada vez mais poderosos e com custo cada vez mais reduzido.

História e Limitações do Mapa Convencional

O mapa convencional usava o papel como meio de suporte mais comum. Dentro deste ambiente limitado, a representação do mundo real ficava restringida pela possibilidade de transportar este mundo para o mapa

Para a distinção de feições cartográficas, os cartógrafos utilizavam-se de uma variedade de recursos, tais como:

Com o advento dos sistemas CAM (Computer Aided Mapping), o meio de suporte dos mapas passou do papel para o meio magnético. Com a utilização do computador, as tarefas corriqueiras para a confecção de mapas foram automatizadas.

Esta automatização possibilitou a produção de uma maior quantidade de mapas em um mesmo período de tempo com a vantagem da homogeneização das feições cartográficas representadas. Desta forma, o CAM foi uma ferramenta que melhorou a produtividade na confecção dos mapas. No entanto, o mapa continuava limitado à representação das feições cartográficas e nada mais. O papel e o meio magnético tornaram-se incapazes de apresentar toda a gama de informações que o usuário desejava.

Com a evolução dos gerenciadores de bancos de dados (BD), abriram-se os caminhos para a ligação entre os dados gráficos de um mapa e um conjunto de informações adicionais associadas, pertencentes a um BD externo.

No princípio, estes dados alfanuméricos eram simples atributos dos dados gráficos, contudo, este foi o primeiro grande passo para a implementação dos SIGs.

Avanços da Informatica x Cartografia

A Informática empregou seus avanços tecnológicos no âmbito da Cartografia Digital e SIGs para Captura, Armazenamento, Manipulação e Saída dos Dados.

O desenvolvimento rápido na área computacional promoveu uma adaptação dos sistemas cartográficos, colaborando fortemente nestes avanços. Processadores estão mais rápidos, custo de processamento mais baixo e periféricos gráficos dotados de maior precisão.

Os avanços da informática trarão para o futuro da cartografia, a possibilidade da aplicação da realidade virtual para a modelagem de dados da superfície, permitindo maior interação com o usuário e ampliando suas aplicações.

Cartografia Propriamente Dita

A Cartografia contribuiu para a definição das convenções gerais na criação de produtos derivados de um mapa.

Estas convenções incluem a Exatidão e Precisão; Projeção Cartográfica; Referência Cartográfica (coordenadas) e aparência gráfica (simbologia).

Certamente, os mapas não precisam ser uma obra de arte mas, para serem válidos, úteis, comunicativos e compreendidos, devem seguir os princípios básicos e as normas da Cartografia.

Geodésia, Fotogrametria e Sensoriamento Remoto

A Geodésia, a Fotogrametria e o Sensoriamento Remoto são meios de obtenção de informações espaciais muito usados em Cartografia, assim como suporte na criação ou incorporação de dados espaciais em um SIG.

A Geodésia é a ciência que mede e observa o tamanho e a forma da terra ou de uma grande extensão da mesma, determinando a posição exata de pontos desejados nesta superfície.

Nos últimos trinta anos, o conhecimento da forma da terra foi consolidado com a utilização em larga escala dos sistemas de satélites artificiais de posicionamento e da evolução dos métodos gravimétricos. O principal deles ainda é o GPS-Navstar, mas os sistemas GLONASS e o GALILEU já ocupam um espaço significativo no mercado de posicionamento por satélites.

A Fotogrametria é usada comumente para obtenção de dados brutos de fotografias aéreas, necessários para a criação de mapas básicos com um grau muito alto de exatidão e precisão.

O Sensoriamento Remoto, uma disciplina que evoluiu da Fotogrametria, é a análise e interpretação de imagens obtidas através de técnicas que não requerem contato direto com o objeto imageado. O Sensoriamento utiliza fotos aéreas ou imageamento espacial (obtidas por satélites artificiais existentes para esta finalidade) para coletar dados da superfície ou subsolo. Entre os programas de imageamento por satélite mais conhecidos estão o LANDSAT (americano), SPOT (francês) e em escalas cada vez maiores, os programas IKONOS e QUICKBIRD.

Comunicação de Dados

Os grandes avanços na comunicação de dados e na tecnologia de redes expandiram a flexibilidade do computador levando o processamento de característica centralizada em direção ao processamento distribuído.

O desenvolvimento de programas específicos permitiu o controle de redes complexas que usam protocolos de comunicação para a transferência de grandes volumes de dados com segurança e controle necessário de erros.

Contribuíram sensivelmente para estes avanços as Redes Locais (LAN – Local Area Network); Sistemas telefônicos digitais; Comunicação via satélite; Padronização (TCP/IP, Ethernet) e Desenvolvimento da Internet, Intranet e Extranet.

Acesso Facilitado com Integração de Dados

A integração de diferentes tipos de dados geográficos e documentos possibilitaram ao usuário um ambiente flexível para a tomada de decisões complexas. O mapeamento ou SIG, em seus conceitos originais, evoluiu para ferramentas hipermídia e pelo acesso direto via Internet.

Do ponto de vista dos dados, os sistemas evoluíram para possibilidades de referenciar e recuperar formas diferentes de dados como mapas vetoriais, bancos de dados tabulares, textos livres, mapas em forma de imagens, documentos em forma de imagem, desenhos esquemáticos (projetos estruturais), fotografias (aéreas, terrestres, ortofotos), áudio, vídeo e outros, visualizados e extraídos diretamente de um ambiente transparente como a Web (Web Map Server).

Geração Tecnologia Uso Ambiente Sistemas
83-90 CAD/CAM

CARTOGRAFIA

Mapeamento Projetos Isolados Pacotes Separados
90-99 BD

Imagens

Análise

Espacial

Cliente-Servidor Programas Integrados
99-2010 Sistemas

Distribuidos

Centralização

de Dados

Multiservidor WWW

(World Wide Web)

Interoperabilidade
2010… Sistemas

Remotos Integrados

Distribuição de

Geoinformação

Web 2.0 Acessibilidade

Móvel

Tendências

Com o avanço da informática no processamento e integração de grande volume de dados, bem como no desenvolvimento de programas computacionais mais interativos, a realidade virtual na cartografia se apresenta como uma das principais tendências para os próximos 10 anos, alterando a representação da cartografia bidimensional para um produto com representações tridimensionais, disponíveis tanto no ambiente local, mas, principalmente, no ambiente WEB. Além desta alteração de representação das informações, ainda se prevê um avanço na dimensão do tempo, com uma cartografia tridimensional disponibilizada praticamente em tempo real.

Outra tendência é uma ampliação das ferramentas de visualização de informações e geoinformações, com melhor qualidade geométrica, disponível para os mais variados equipamentos, desde celulares 3G a WEB 2.0, com o conceito de dados armazenados e visualizado remotamente, permitindo maior acesso da população a cartografia e geoinformação.

A melhor qualidade dos sensores remotos quanto à precisão geométrica também continuará avançando rapidamente seja nos sensores ativos como nos passivos, assim como outra evolução já verificada e com possibilidades de grandes avanços será nos sensores LASER, em todas as suas potencialidades.

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