A Cartografia Brasileira é baseada nos padrões europeus de Cartografia marítima, nos quais a Estrela Polar determina o “Norte”. Antes da navegação marítima, o ponto de referência era o Sol, e os mapas apontavam para o oriente. Até hoje, usamos termos como “orientar-se” e “desnorteado”.
Em um mapa verdadeiramente brasileiro, o ponto de referência seria o Cruzeiro do Sul e não a estrela polar, o Brasil seguramente estaria no centro, e os europeus achariam que estavam sendo representados “de cabeça para baixo”.
A imagem apresenta o primeiro mapa sob a ótica brasileira, em uma projeção chamada de eqüidistante, que mede as distâncias de todos os países vizinhos.
Imediatamente descobrimos, por exemplo, que Porto Alegre está mais próxima de Melbourne, na Austrália do que do Sudão, na África; e a Nova Zelândia, mais próxima que a Califórnia.
Se a sua primeira impressão foi que o Brasil está de cabeça para baixo, isto significa que o seu ponto de orientação ainda é europeu, e não brasileiro.