[IMAGEM_CAROUSEL]

Em março de 2009 a ESTEIO assinou o contrato com a Transpetro da regional São Paulo para os serviços de localização, avaliação do revestimento e reparos no sistema de proteção catódica dos dutos OSBAT, MERLUZA, OSSP e RE1. O sistema de proteção catódica de um duto é formado por um conjunto de dispositivos: retificador, PTEs, leito de anodo, juntas de isolamento elétrico. A medida que novos dutos são construídos dentro da mesma faixa aumenta a quantidade de interferências no sistema, alguns destes feitos conforme o projeto outros introduzidos erroneamente durante a construção. Além das interferências enterradas surgem as interferências externas, ou que ali já estavam presentes durante a construção do duto, como o caso de ferrovias e linhas de transmissão.

Interferências

A maior interferência encontrada na faixa de dutos RE-1 foi devido à proximidade e ao paralelismo com a CTMP (Companhia de Trens Metropolitanos). Nesta situação a maior dificuldade é o isolamento elétrico dos dutos, pois não é possível se conseguir o isolamento total. Deve-se concentrar o sinal detectável no duto, através da técnica de “Curto Circuito”.

Para se utilizar esta técnica é necessário conhecer diversas informações do duto, como tipo de revestimento, diâmetro dos dutos, relação de retificadores, juntas de isolamento, caixas de medição entre outros. Devem-se detalhar com a maior proximidade possível todas as estruturas físicas que fazem contatos elétricos com o duto. Com posse das informações foi possível fazer o planejamento. Diferente da técnica padrão PCM a qual utiliza o fluxo gerado pelo sinal do transmissor, injetado através do aterramento e que retorna ao transmissor, a técnica do “Curto-Circuito” concentra todo o sinal detectável apenas no duto a ser inspecionado, de forma que o sinal não percole através do eletrólito para outras tubulações ou estruturas que estejam em contato com o duto a ser inspecionado.

Para o levantamento PCM e o uso da técnica de “Curto-Circuito” os técnicos em eletrônica receberam treinamento específicos. É imprescindível que todos tenham conhecimento pleno da Norma Regulamentadora (NR10).

Por especificação da Petrobras as planilhas de levantamento de campo deveriam conter no mínimo as seguintes informações: nome do duto e diâmetro, quilometragem do trecho inspecionado, ponto de injeção do sinal, corrente e tensão injetada, estrutura utilizada para injeção de sinal, data de inspeção, numero de sinalização do duto, coordenadas de geoposicionamento do piquete de sinalização do duto, distancia entre piquetes, distancia acumulativa entre os piquetes, delta de leitura, profundidade lida pelo equipamento, corrente de localização, sentido da corrente e o campo de observações.

Na faixa do OSBAT foi necessário escavar e remover os contatos com os cabos das Vx’s 350, além de remover o revestimento do duto para injeção de corrente diretamente no duto. Nestes casos foi realizado o reparo do revestimento através de manta termocontrátil. Após a aplicação da manta foi utilizado o Holiday Detector para detectar possíveis fugas de corrente.

Quantitativos

De posse do geoposicionamento atualizado dos dutos nas faixas fez-se a atualização das plantas e perfil, além dos elementos de cadastro realizados durante os trabalhos, como placas de sinalização, ferrovias, rodovias, retificadores, PTEs, marcos, etc.