Para obter coordenadas de pontos no terreno de forma remota, usa-se atualmente a técnica do GPS (Global Positioning System). Esta técnica, inicialmente de uso militar e atualmente liberada para uso civil (com restrições), consiste no rastreamento, recebimento e registro de sinais de satélites específicos.

Estes sinais são processados em combinação com determinados parâmetros (efemérides) para calcular as coordenadas de um ponto no terreno. Existem mais de 20 satélites em órbita da chamada constelação NAVSTAR-GPS. Eles estão orbitando a uma altitude de 21.000 Km em 6 planos orbitais.

No GPS, as coordenadas posicionais do satélite podem ser calculadas com relativa precisão levando-se em conta o tipo de aparelho, o tempo de rastreio e o número de satélites operacionais. A distância entre o satélite e um ponto desconhecido no terreno é calculada através do tempo que um sinal emitido pelo satélite leva para atingir o receptor na terra.

Para determinação deste tempo, são utilizados relógios atômicos (satélite e receptor) que atrasam 1 s a cada 30.000 anos. São necessários pelo menos 3 satélites em contato com o receptor, um tempo de rastreio relativo e determinadas correções em pós-processamento para obter as coordenadas de um ponto com precisão cartográfica.

A ESTEIO vem empregando sistematicamente o uso de GPS em serviços de Voo apoiado, Apoio Terrestre, Cadastros de qualquer natureza e Batimetria em seus diversos modos de operação.

No modo static e fast-static, o GPS é utilizado para transporte de coordenadas de pontos de ajuste de poligonais.

No modo real-time, seu uso traz a vantagem de otimizar o levantamento de interferências e pontos notáveis de um cadastro. Sua aplicação têm certas restrições em áreas com obstáculos para recepção dos sinais de satélite.

Subsidiando a Cobertura Aérea, o GPS permite a diminuição de pontos de apoio terrestre, diminuindo o tempo para execução da etapa de Apoio Terrestre em serviços localizados em áreas com difícil acesso.

De maneira semelhante, o uso de GPS acoplado a um eco-batímetro é primordial para uma localização precisa dos pontos levantados em uma modelagem de terreno submersa.

Atualmente, outras constelações estão operando (GLONASS – russo) ou irão operar em um futuro próximo (GALILEO – europeu) complementando os serviços fornecidos pelo NAVSTAR-GPS.

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